Do site http://mundocontramao.com/81554.html
No chamado corno de África que inclui o Quénia, Somália,
Etiópia e Eritreia morrem centenas de crianças diariamente devido à fome, pois
as organizações humanitárias e as Nações Unidas não conseguem chegar, com meios
suficientes para salvar estas vidas. Estima-se que só entre Abril e Agosto de
2011 tenham morrido mais de 100 mil crianças. Não existem números oficias, mas
a catástrofe humanitária pode ser gigantesca, com números arrepiantes.
Três milhões de habitantes no Quénia, 3,7 milhões na Somália, 4,5 milhões na Etiópia e 2,5 milhões na Eritreia estão afetados pela fome. Para amenizar o problema, o Banco Mundial, Estados Unidos, ONU e a União Europeia, além de dezenas de organizações não-governamentais de todo o mundo, doaram milhões de euros para combater este flagelo. Nem assim conseguiram resolver a situação.
O grande problema nesta região prende-se com segurança. As
organizações humanitárias, para desenvolverem o seu trabalho necessitam de
condições de segurança, sem as quais não conseguem fazer chegar a assistência
humanitária a quem mais precisa. Por exemplo, na Somália, duas partes a sul são
controladas por Al Shabad, um grupo de radicais islamitas, com ligações à Al-
Qaeda.
Muito se fala no crescente mal-estar causado pelos altos
níveis de desigualdade crescente, em todo o mundo, que tem sido evidenciado por
movimentos como o Ocupa Wall Street e a Primavera Árabe. Estes movimentos podem
fazer descarrilar o processo da globalização e ameaçar as economias globais. A
atenção política imediata está concentrada em responder a esta agitação social,
que gerará nacionalismos, protecionismos e um retrocesso no processo de
globalização.
Na minha opinião urge que as nações deem passos concretos,
para prevenir desastres catastróficos futuros nesta região e noutras, pois a
globalização não pode ser vista somente na sua vertente económica, pondo de
lado a sua vertente humanitária, caso contrário poderá efetivamente dar-se um
retrocesso civilizacional.
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