O que é Fundamentalismo
É o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados. Fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e pregam que os dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos à risca.
O
termo surgiu no começo do século 20 nos EUA, quando protestantes determinaram
que a fé cristã exigia acreditar em tudo que está escrito na Bíblia. Mas o
fundamentalismo só começou a preocupar o mundo em 1979, quando a Revolução
Islâmica transformou o Irã num Estado teocrático e obrigou o país a um
retrocesso aos olhos do Ocidente: mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto e
festas, proibidas. “Para quem aprecia as conquistas da modernidade, não é fácil
entender a angústia que elas causam nos fundamentalistas religiosos”, escreveu
Karen Armstrong no livro Em Nome de Deus: o Fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo.
Os
ataques de 11 de setembro, organizados pelo grupo Al Qaeda, reacenderam a
preocupação
contra fundamentalistas e criaram 2 mitos freqüentes: o de que todo fundamentalista é muçulmano e terrorista. “Poucos grupos apelam para a violência”, diz o antropólogo Richard Antoun, autor de Understanding Fundamentalism: Christian, Islamic and Jewish Movements (“Entendendo o Fundamentalismo: Movimentos Cristãos, Islâmicos e Judaicos”, inédito no Brasil). Conheça, ao lado, alguns grupos fundamentalistas espalhados pelo mundo.
contra fundamentalistas e criaram 2 mitos freqüentes: o de que todo fundamentalista é muçulmano e terrorista. “Poucos grupos apelam para a violência”, diz o antropólogo Richard Antoun, autor de Understanding Fundamentalism: Christian, Islamic and Jewish Movements (“Entendendo o Fundamentalismo: Movimentos Cristãos, Islâmicos e Judaicos”, inédito no Brasil). Conheça, ao lado, alguns grupos fundamentalistas espalhados pelo mundo.
Grupos
judaicos
Kach Kahane
Chai
Objetivo:
Restabelecer os territórios judaicos como determina a Torá e expulsar os
palestinos da região.
Modo
de agir: Atentados terroristas em Israel. Em 1994, Baruch Goldstein, seguidor
do Kach, matou 29 palestinos que rezavam na Caverna dos Patriarcas, em Hebron.
Neturei
Karta
Objetivo:
Oposição ao sionismo. O grupo acredita que Israel é obra de Satã e que judeus
não devem se envolver em política ou luta armada, só em assuntos espirituais.
Modo
de agir: Boicote. Em 1948, quando o Estado de Israel foi criado, o grupo
proibiu todos os seus membros de participarem de eleições, recusou subsídios
governamentais para suas escolas e jurou que não entraria em nenhuma
instituição governamental. No ano passado, quando o líder da Autoridade
Palestina Iasser Arafat morreu, membros do Naturei Karta visitaram o túmulo
dele. Muitos membros do grupo apóiam a criação de um Estado palestino.
Satmar
Objetivo:
Oposição ao sionismo. É um dos maiores grupos ultra-ortodoxos existentes hoje.
Surgido na Romênia, vê o Estado de Israel como profanação. Acredita que o povo
eleito deve sofrer a punição do exílio e não tomar iniciativas para se salvar,
confiando na vontade de Deus.
Modo de
agir: Encoraja os seguidores a criarem comunidades fora de Israel. O líder do
grupo, rabino Joel Teitelbaum, culpa os sionistas pelo Holocausto, pois
“atraíram a maioria dos judeus para uma hedionda heresia, como nunca se viu
desde a criação do mundo”.
Grupos
islâmicos
Partido
Frente Islâmica de Salvação
Objetivo:
Fundar uma república islâmica regida pelas leis do Alcorão na Argélia.
Modo
de agir: Política. Em 1991, o partido iria ganhar as eleições, mas o governo
interrompeu o processo eleitoral. A medida gerou revolta entre os muçulmanos e
uma guerra civil durante toda a década de 1990. Deste conflito, surgiram os
grupos fundamentalistas Exército Islâmico da Salvação e Grupo Armado Islâmico.
Al-Gama·a
al-Islamiyya
Objetivo:
Pela guerra santa, fazer do Egito um Estado islâmico.
Modo
de agir: Ataques terroristas, em especial contra turistas. "O turismo é
uma praga. As mulheres vêm vestidas em roupas provocativas para despertar o
desejo dos fiéis", disse o líder Omar Abdel Rahman a um jornal israelense
em 1993. Em 1997, o grupo matou 58 pessoas que visitavam o templo de
Hatshepsut, um dos principais pontos turísticos do país. Também já cometeu um
ataque contra o presidente egípcio Hosni Mubarak, em 1995.
Abu Sayyaf
Objetivo:
O grupo, ligado à Al Qaeda, quer criar um Estado islâmico nas Filipinas.
Modo de
agir: Ataques terroristas. É acusado de ter matado 100 pessoas no ataque a um
barco, em fevereiro de 2004. No dia 14 de fevereiro deste ano, dia dos
namorados nas Filipinas, 3 atentados à bomba mataram 11 pessoas. Os ataques
seriam um presentinho para a presidente Gloria Arroyo.
Grupos
cristãos
Pró-vida de
Anápolis
Objetivo:
Combater o aborto em qualquer caso, o homossexualismo e o uso de preservativos.
Modo
de agir: Campanhas e lobbies junto a vereadores e deputados. O grupo luta
contra ações judiciais que permitem certos tipos de aborto e é reconhecido como
entidade de utilidade pública por uma lei municipal de Anápolis.
Christian
Voice (Voz Cristã)
Objetivo:
Analisar os acontecimentos atuais sobre a ótica da Bíblia, unir Igreja e Estado
na Inglaterra. "Abençoada é a nação em que Deus é o senhor", informa
o site do grupo.
Modo
de agir: Manifestações de oposição à União Européia e ao divórcio, ataques a
clínicas de aborto e promoção da cura de homossexuais. No começo do ano, o
grupo fez uma manifestação contra a tevê britânica BBC por ter apresentado o
musical Jerry Springer - The Opera em que Jesus, Maria e Deus são convidados de
um programa de entrevistas no inferno e Jesus diz que é gay. Telefones de
funcionários da BBC foram divulgados no site do grupo para quem quisesse
reclamar pessoalmente.
Universidade
Bob Jones
Objetivo:
Formar profissionais preparados para seguir Cristo, independentemente da
carreira.
Modo de
agir: Os estudantes são obrigados a participar de um curso bíblico por
semestre. Proíbe namoros entre estudantes de raças diferentes e expulsa alunos
homossexuais.
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