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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sociologia - INSTITUIÇÕES SOCIAIS

INSTITUIÇÕES SOCIAIS

É um conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que tem grande valor social. A instituição não existe isolada das outras. Todas elas possuem uma interdependência mútua, de tal forma que uma modificação numa determinada instituição pode acarretar mudanças maiores ou menores nas outras.
As instituições sociais servem como um meio para a satisfação das necessidades da sociedade. Nenhuma instituição surge sem que tenha surgido antes uma necessidade. Mas, além desse papel, as instituições sociais cumprem também o de servir de instrumento de regulação e controle das atividades do homem.
As principais instituições sociais são: família, religião, econômica, política, educação e recreação.

• Família: primeiro grupo social a que pertencemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura varia no tempo e no espaço. Essa variação pode ser quanto ao número de casamentos, quanto à forma, relações de parentesco, relação sexual e dos componentes básicos da sociedade.
• Religião: todas as sociedades conhecem alguma forma de religião. A religião é um fato social universal. Não resta dúvida de que a religião é uma das instituições mais importantes para a organização social, pelo seu conteúdo moral. A religião inclui crença ao sobrenatural, ritos e cerimônias. É inegável a tendência moderna de dar mais ênfase aos valores sociais do que religiosos, prova disso, é o surgimento de doutrinas mais modernas como a Teologia da Libertação.
• Econômica: As atividades econômicas são institucionalizadas à medida que são explicadas por crenças, valores e reguladas por normas. Nas sociedades modernas a instituição econômica apresenta um grau de importância bem mais elevado que nas sociedades tribais, resultado do desenvolvimento tecnológico visando uma divisão mais diversificada do trabalho social.
• Política: são instituições políticas fundamentais a autoridade, o governo, o Estado (com os três poderes), partidos políticos e as constituições. Classificamos também os sistemas políticos como o anarquismo, ditadura, democracia e a pseudodemocracia.
• Educação: constitui uma instituição universal pelo fato de que em todas as sociedades é necessário garantir a estrutura educacional como processo de transmissão de conhecimentos e valores presentes na sociedade.
• Recreação: em todas as sociedades, existem modos culturalmente estabelecidos para o alívio das tensões acumuladas nos indivíduos em decorrência das frustrações geradas pelas restrições da vida social. Todas as sociedades possuem instituições recreativas, como no Brasil, o carnaval e futebol.
Na Sociologia, na Antropologia e em outras ciências sociais, a estratificação social refere-se a um arranjo hierárquico entre os indivíduos em divisões de poder e riqueza em uma sociedade. São três os principais tipos de estratificação social:
  • Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
  • Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
  • Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de advogado do que a profissão de pedreiro.
A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe estratificação porque existem desigualdades.
Podemos perceber a desigualdade em diversas áreas:
  • Oportunidade de trabalho
  • Cultura / lazer
  • Acesso aos meios de informação
  • Acesso à educação
  • Gênero (homem / mulher)
  • Raça e/ou etnia
  • Religião
  • Economia (rico / pobre)
  • Origem geográfica (jus soli)
  • Dialecto / diferenças fonetico-linguisticas
A estratificação social esteve presente em todas as épocas: desde os primeiros grupos de indivíduos (homens das cavernas) até nossos tempos. Ela apenas mudou de forma, de intensidade, de causas. A revolução industrial e a transformação dos sistemas econômicos contribuíram para que as questões sobre a desigualdade social fossem melhor visualizadas, discutidas e percebidas, principalmente depois do advento do capitalismo, tornando-as mais evidentes.
Umas das características fundamentais que distingue nossa sociedade das antigas é a possibilidade de mobilidade social. Diferentemente da sociedade medieval, na qual quem nascesse servo morreria servo, não tendo a possibilidade de lutar por direitos e pela oportunidade de mudar de classe, na sociedade ocidental contemporânea, por exemplo, isso já é possível, e a mobilidade social se dá especialmente como consequência dos investimentos na educação e na formação e capacitação para o trabalho, que podem vir tanto do Estado quanto da própria iniciativa social. Em muitas ocasiões, a mobilidade social pode ser reivindicada por meio de movimentos sociais que, em sua maioria, reivindicam legitimidade diante da posição marginal de poder em que se encontram na sociedade.
Só existe estratificação social por que ainda existe desigualdade entre os homens, gerando assim a exclusão do indivíduo da sociedade de modo geral.
Com a exclusão desse indivíduo, forma-se mais um ser humano sem forças para lutar pelos seus direitos, desde muitos anos amparados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Conceito: é a diferenciação de indivíduos e grupos em posições (status), estamentos ou classes, diferenciação esta feita de maneira hierárquica.
A estratificação social pode ser feita através de:
a) Castas compostas de um número muito grande de grupos hereditários. Os papéis das pessoas na sociedade são determinados por sua ascendência. Esse é um modelo de estratificação que não apresenta nenhuma possibilidade de mudança de posição social, por isso é chamado de fechado, pois a pessoa que pertence a uma casta só se pode casar com um membro da mesma casta. Ex. na Índia a estrutura de castas tem natureza religiosa.
b) Estamentos: constituem uma forma de estratificação social com camadas sociais mais fechadas do que as das classes sociais e mais abertas do que as das castas, motivo pelo qual é chamada semi-aberta. Os Estamentos são reconhecidos por lei e geralmente ligados ao conceito de honra, ou seja, o prestigio é o que determina a posição da pessoa na sociedade. Ex.: a sociedade medieval.
c) Classes: constituem uma forma de estratificação social onde a diferenciação entre os indivíduos é feito de acordo com o poder aquisitivo. Não há desigualdade de Direito, pois a lei prevê que todos são iguais, independente de sua condição de nascimento, mas há desigualdade de fato, como é facilmente perceptível por todos. Ex.: as sociedades Capitalistas.

A RELAÇÃO ENTRE A ESTRUTURA SOCIAL E A ESTRATIFICAÇÃO:
AS CASTAS, OS ESTAMENTOS E AS CLASSES
NOÇÃO GERAL:
Toda a percepção de uma determinada sociedade implica na analise das diferenças que existem entre os seus membros. A Estratificação Social, pode ser relacionada não só ao aspecto político, mas também a valores de cultura, hábitos, costumes e padrões morais específicos. Podemos afirmar, portanto, que mesmo antes do surgimento da propriedade privada já existiam diferenças sociais e grupos poderiam ser identificados, não por seu destacamento econômico mas por seus valores culturais mais amplos. Dessa forma, vamos analisar as três mais importantes formas de desigualdade que uma determinada sociedade pode apresentar.
Da esquerda para a direita, um nobre, um burguês e um representante do clero, pertencentes, respectivamente, ao segundo, terceiro e primeiro estado, que, juntos, formavam o Estado Gerais. Seus trajes identificavam o grupo a que pertenciam.
Castas
A sociedade de castas esta diretamente relacionado a Antiguidade Oriental, é verdade que temos exemplos históricos dessa modalidade de desigualdades em alguns pontos da Grécia Antiga, mas no entanto foi na Índia que essa organização consolidou-se. A sociedade dividia em castas é aquela em que os grupos sociais são definidos pelo papel que o indivíduo desempenha na sociedade. A hierarquia entre as castas e definida pela separação entre trabalho manual e trabalho intelectual, sempre valorizando a última em relação à primeira. Em outras palavras, o que defini a posição de um individuo em uma sociedade é a casta ao qual ele pertence. Dessa forma, podemos afirmar que existiam castas de burocratas, de médicos, de sacerdotes, de lavradores, de comerciantes, e assim por diante. Esse processo seguia uma rígida hierarquia e hereditariedade, ou seja, se você nascer membro de uma família de sacerdotes, naturalmente você vai ser um sacerdote. Os indivíduos nesse modelo são identificados diretamente com a casta ao qual pertencem apresentando sempre um mesmo nome, usando sempre um mesmo tipo de roupa, ou uma cor especifica. Esse indivíduos, obrigatoriamente seguem um modelo de casamento endogâmico (com membros da própria casta)


Estamentos
A sociedade estamental pode ser relacionada diretamente ao mundo feudal, na Idade Média. É verdade que conseguimos identificar o mundo estamental em algumas polis da Grécia Antiga (leia-se em Esparta). É importante ressaltar o que define o estamento, ou seja, o origem das diferenças estarem relacionadas ao nascimento e a inexistência (ou existência em pouca escala) de mobilidade social. De maneira geral, se você nascer servo você irá morrer como tal e assim por diante.
É importante ressaltar que existe um código jurídico que é aceito e legitimado no contexto dessa sociedade: "A nobreza era constituída para defender a todos, o clero para rezar por todos, e os comuns para proporcionar comida a todos", que era incorporado e aceito pelos indivíduos que compunham esse corpo social.
Classes
A noção de classe social está diretamente ligada ao mundo capitalista, e foi dimensionada conceitualmente na Sociologia, pela primeira vez, por KarI Marx. Para ele a classe social é a forma de organização da sociedade que expressa a exploração econômica de um determinado grupo social por outro. É portanto uma diferenciação essencialmente econômica e aberta, ou seja, que aceita mobilidade em todos os níveis, seja horizontal ou vertical.
Para Marx, podemos considerar a existência de dois grandes grupos sociais no capitalismo (leia-se classes sociais) a Burguesia (os donos dos meios de produção) e o proletariado (aquele que tem apenas a sua força de trabalho). Para Max Weber, a caracterização de uma classe social deve ser econômica, mas também deve ser percebido seus aspectos sociais, baseada no status. Na abordagem multidimensional deste autor a analise das classes sociais devem levar em conta que os indivíduos podem se situar na escala de estratificação de modo diferente, nessas duas dimensões. Por exemplo, um indivíduo pode possuir riqueza suficiente para colocá-lo no topo da escala social no âmbito da ordem econômica, mas não possuir honra e prestigio suficiente para o situar no patamar mais elevado no âmbito a dimensão social. Sua riqueza pode não ser considerada fonte de riqueza e honraria.

Um comentário:

  1. OLÁ ESTOU FAZENDO MEU ARTIGO O TEMA SERÁ AS INSTITUIÇÕES SOCIAS E NAS MINHAS PEQUISA ENCONTREI ESSE BLOG FAÇO SERVIÇO SOCIAL E EMBREVE SEREI UMA FUTURA ASSISTENTE SOCIAL QUE VAI LUTA PELA AS CAUSAS SOCIAS AQUELE COM MAIOR RISCO SOCIAL.UM ABRÇO AMEI ESSE BLOG MUITO INTERESANTE

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