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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sociologia - Conceitos básicos da Sociologia e Antropologia

Sociologia
CONCEITOS BÁSICOS da Sociologia e Antropologia – Ferramentas para pensar
SOCIEDADE:
organização humanamente fundada ou sistema de inter-relações que articula indivíduos numa mesma cultura. Todos os produtos da interação humana, a experiência de viver com outros em torno de nós. Os humanos criam suas interações e, uma vez criados os produtos dessas interações, têm a capacidade ou o poder reverter sobre
os humanos a fim de determinar ou limitar ações. Com freqüência, experimentamos a sociedade (organização humanamente fundada) como algo externo aos indivíduos e às interações que a fundam.
PRODUTOS DA INTERAÇÃO HUMANA – COMPONENTES DA SOCIEDADE
CULTURA:
conjunto de tradições, regras e símbolos que dão forma a, e são encenados como, sentimentos, pensamentos e comportamentos de grupos de indivíduos. Referindo-se principalmente ao comportamento adquirido, por oposição ao dado pela natureza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar tudo o que é humanamente criado (hábitos, crenças, artes e artefatos) e passado de uma geração a outra.
Nessa formulação, a cultura distingue-se da natureza e distingue uma sociedade da outra.
LINGUAGEM:
um sistema de símbolos verbais através dos quais os seres humanos comunicam idéias, sensações e experiências. Por meio da linguagem estes podem ser acumulados e transmitidos através das gerações. A linguagem não é somente um instrumento ou um meio de expressão, ela também estrutura e molda nossas experiências do mundo e o que observamos ao nosso redor.
VALORES:
idéias que as pessoas compartilham sobre o que é bom, mau, desejável e indesejável. Normalmente eles são muito gerais, abstratos e transcendem variações situacionais.
NORMAS:
regras comportamentais ou padrões de interação social. Em geral derivam dos valores, mas podem também contrapor-se a eles, e servem como guias para julgamento dos comportamentos individuais. As Normas estabelecem expectativas que dão forma às interações.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL:
O arranjo das partes constituintes da sociedade, a organização de posições sociais e a distribuição de indivíduos nessas posições.
STATUS: nichos e posições socialmente definidos (aluno, professor, administrador).
PAPEL: cada status porta um feixe de comportamentos esperados: como uma pessoa naquele status deve pensar, sentir, assim como as expectativas sobre como devem ser tratadas por outras. O feixe de deveres e comportamentos esperados que se fixou num padrão de conduta consistente e reiterado.
GRUPO: duas ou mais pessoas interagindo regularmente com base em expectativas comuns sobre o comportamento dos outros; status e papéis inter-relacionados.
INSTITUIÇÕES: padrões de atividade reproduzidos através do tempo e espaço. Práticas repetidas de forma regular e contínua. As instituições tratam com freqüência dos arranjos básicos de vivência que os humanos elaboram nas interações uns com os outros e por meio dos quais a continuidade através das gerações é alcançada. Os blocos básicos de construção das sociedades. As instituições sociais são como edifícios que vão sendo constantemente reconstruídos pelos próprios tijolos de que são feitos.
ESTRUTURA SOCIAL:
A estrutura refere-se ao padrão numa cultura e a organização através da qual a ação social tem lugar; arranjos de papéis, organizações, instituições e símbolos culturais que são estáveis ao longo do tempo, muitas vezes despercebidos, cuja mudança é quase invisível. A estrutura tanto permite quanto restringe o que é possível na vida social. Se um edifício fosse uma sociedade, as fundações, as colunas de suporte e as vigas seriam a estrutura, que tanto constrangem quanto permitem os vários arranjos espaciais e os tipos de ambiente (papéis, organizações e instituições). Schemata e recursos (materiais e humanos) através dos quais as ações sociais tem lugar, são padronizados e institucionalizados. Incorporam tanto a cultura quanto os recursos da organização social.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL: a divisão sócio-econômica da população em camadas ou estratos. Quando falamos em estratificação social, chamamos atenção para as posições desiguais ocupadas pelos indivíduos na sociedade. Nas sociedades tradicionais de grande porte e nos países industrializados de hoje, há estratificação em termos de riqueza, propriedade e acesso aos bens materiais e produtos culturais.
RAÇA: um grupo humano que se define e/ou é definido por outros grupos como diferente...em virtude de características físicas inatas e imutáveis. Um grupo socialmente definido com base em critérios físicos.
ETNIA: práticas culturais e pontos de vista de uma determinada comunidade, pelos quais se diferenciam de outras. Os membros de grupos étnicos vêem a si mesmos como culturalmente distintos de outros grupos da sociedade e são vistos como tal pelos outros grupos. Muitas características diferentes podem distinguir os grupos étnicos uns dos outros, porém, as mais comuns são a linguagem, a história ou a ancestralidade – real ou imaginada, a religião e os estilos de vestuário. As diferenças étnicas são completamente adquiridas
COMO SURGIU A SOCIOLOGIA?
A sociologia, ciência que tenta explicar a vida social, nasceu de uma mudança radical da sociedade, resultando no surgimento do capitalismo.
O século XVIII foi marcado por transformações, fazendo o homem analisar a sociedade, um novo "objeto" de estudo. Essa situação foi gerada pelas revoluções industrial e francesa, que mudaram completamente o curso que a sociedade estava tomando na época. A Revolução Industrial, por exemplo, representou a consolidação do capitalismo, uma nova forma de viver, a destruição de costumes e instituições, a automação, o aumento de suicídios, prostituição e violência, a formação do proletariado, etc. Essas novas existências vão, paulatinamente, modificando o pensamento moderno, que vai se tornando racional e científico, substituindo as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum.
Na Revolução Francesa, encontra-se filósofos a fim de transformar a sociedade, os iluministas, que também objetivavam demonstrar a irracionalidade e as injustiças de algumas instituições, pregando a liberdade e a igualdade dos indivíduos que, na verdade, descobriu-se mais tarde que esses eram falsos dogmas. Esse cenário leva à constituição de um estudo científico da sociedade.
Contra a revolução, pensadores tentam reorganizar a sociedade, estabelecendo ordem, conhecendo as leis que regem os fatos sociais. Era o positivismo surgindo e, com ele, a instituição da ciência da sociedade. Tal movimento revalorizou certas instituições que a revolução francesa tentou destruir e criou uma "física social", criada por Comte, "pai da sociologia". Outro pensador positivista, Durkheim, tornou-se um grande teórico desta nova ciência, se esforçando para emancipá-la como disciplina científica.
Foi dentro desse contexto que surgiu a sociologia, ciência que, mesmo antes de ser considerada como tal, estimulou a reflexão da sociedade moderna colocando como "objeto de estudo" a própria sociedade, tendo como principais articuladores Auguste Conte e Émile Durkheim.
Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das relações que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade. Assim, o objeto da sociologia são as relações sociais, as transformações por que passam essas relações, como também as estruturas, instituições e costumes que têm origem nelas. A abordagem sociológica das relações entre os indivíduos distingue-se da abordagem biológica, psicológica, econômica e política dessas relações. Seu interesse focaliza-se no todo das interações sociais e não em apenas um de seus aspectos, cada um dos quais constitui o domínio de uma ciência social específica. As preocupações de ordem normativa são estranhas à sociologia e não lhe cabe a aplicação de soluções para problemas sociais ou a responsabilidade pelas reformas, planejamento ou adoção de medidas que visem à transformação das condições sociais.
Vários obstáculos impediram a constituição da sociologia como ciência, desde que ela surgiu, no século XIX. Entre os mais importantes citam-se a inexistência de terminologia clara e precisa; a tendência a subjetivar os fatos sociais; a multiplicidade de temas de seu interesse e aplicação; as afinidades partilhadas com outras ciências sociais; a dificuldade de experimentação, já que os elementos com que lida são seres humanos; e a proliferação de métodos, técnicas e escolas que tentaram elaborar uma teoria sociológica unificada como instrumento adequado de análise, descrição e interpretação dos fenômenos sociais.
Antecedentes
O interesse pelos fenômenos sociais já existia na Grécia antiga, onde foram estudados pelos sofistas. Os filósofos gregos, porém, não elaboraram uma ciência sociológica autônoma, já que subordinaram os fatos sociais a exigências éticas e didáticas. Assim, a contribuição grega à sociologia foi apenas indireta.
Um pensamento social existiu na Idade Média, mas sob uma forma não-sistemática de raciocínio e análise dos fenômenos sociais, pois se baseava na especulação e não na investigação objetiva dos fatos. Além disso, nesse período anulou-se a distinção entre as leis da natureza e as leis humanas e impôs-se a concepção da ordem natural e social como decorrência da vontade divina, que não seria passível de transformação. Assim, eivado de conotações ideológicas, éticas e religiosas, o pensamento social medieval pouco evoluiu.
As profundas modificações econômicas, sociais e políticas ocorridas na sociedade européia nos séculos XVIII e XIX, em decorrência da revolução industrial, permitiram o surgimento do capitalismo e libertaram pensamento dos dogmas medievais. Assim, as ciências naturais e humanas fizeram rápidos progressos.
Os principais antecedentes da sociologia são a filosofia política, a filosofia da história, as teorias biológicas da evolução e os movimentos pelas reformas sociais e políticas, que ensaiaram um levantamento das condições sociais vigentes na época. Nos primórdios da sociologia, foram mais influentes a filosofia da história e os movimentos reformistas.
A história permitiu o acesso ao conhecimento de dados objetivos sobre a sociedade, acumulados ao longo do tempo. Além disso, a evolução da historiografia contribuiu em parte para o aperfeiçoamento dos métodos empíricos de compilação de dados e a análise dos fatos sociais. Em relação aos movimentos reformistas, a sociologia partilhou com eles sua preocupação com os problemas sociais e não mais aceitou como fato natural condições como a pobreza, seqüela da industrialização. Incorporou também os procedimentos dos reformistas, que se basearam nos métodos das ciências naturais para fazer levantamentos sociais, numa tentativa de classificar e quantificar os fenômenos sociais.
A pré-história da sociologia situa-se, assim, num período aproximado de cem anos, de 1750 a 1850, entre a publicação de L'Esprit des lois (O espírito das leis), de Montesquieu, e a formulação das teorias de Auguste Comte e Herbert Spencer. Sua constituição como ciência ocorreu na segunda metade do século XIX.
O termo sociologia foi consagrado por Auguste Comte na obra Cours de philosophie positive (1839; Curso de filosofia positiva), em que batizou a nova "ciência da sociedade" e tentou definir seu objeto. No entanto, a palavra sociologia continuou suscetível de inúmeras interpretações e definições no que diz respeito à delimitação de seu objeto, pois cada escola sociológica criou suas próprias definições, de acordo com as perspectivas teóricas, filosóficas e metodológicas adotadas. Todas essas definições, no entanto, partilhavam um substrato comum: o estudo das relações e interações humanas.
Abrangência
As ciências sociais se constituem a partir de dois pilares: a teoria e o método. A teoria se ocupa dos princípios, conceitos e generalizações; o método proporciona os instrumentos necessários para a pesquisa científica dos fenômenos sociais.
A sociologia subdivide-se em disciplinas especializadas: a sociologia do conhecimento, da família, dos meios rurais e urbanos, da religião, da educação, da cultura etc. A essa lista seria possível acrescentar um sem-número de novas especializações, como a sociologia da vida cotidiana, do teatro, do esporte etc., já que os interesses do pesquisador se orientam para a compreensão e explicação sistemática, mediante a utilização das teorias e dos métodos mais adequados, dos aspectos sociais de todos os setores e atividades da vida humana.

http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/sociologia.php

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